Doenças como diabetes e infarto tem muito a ver com a alimentação. E o consumidor vai poder se prevenir de doenças a partir de mudanças previstas para embalagens de diversos produtos. Em outubro, entram em vigor as novas regras para rótulos, que devem denunciar o excesso de açúcar, sal e gorduras saturadas.

No supermercado, nem sempre todo mundo lê o rótulo. "Já é o costume, hábito. Já pego e não leio. Só vejo a marca, pego e pronto", admite a promotora de vendas Aline Ferreira.

Entretanto, a consciência para comprar o produto pode fazer toda a diferença na hora de levar algo saudável para casa. "Não é interessante eu levar um produto se não identificar quais são os benefícios que ele tem para minha saúde", conta a pedagoga Teresa Valce

Foi por causa disso que está sendo implantada uma nova política de rótulos no Brasil. A partir de agora, os produtos vão precisar alertar os consumidores sobre a quantidade de açúcar, gordura saturada e sódio na composição. Os alimentos terão uma espécie de selo em formato de lupa na parte da frente da embalagem, para indicar quando houver quantidades excessivas desses ingredientes.

Cronograma dos novos rótulos

E não é isso. A tabela nutricional será maior, com fundo branco e letras pretas. A ideia é facilitar a leitura. As mudanças começam a valer aos poucos. Os produtos fabricados a partir de 9 de outubro deste ano já devem estar com os rótulos adequados às novas regras

Em seguida, será a vez dos alimentos fabricados de forma artesanal, que terão de fazer a adaptação até outubro de 2024. Por fim, as bebidas não alcoólicas com embalagens retornáveis têm como prazo outubro de 2025.

As novas normas querem alertar a população sobre os problemas de saúde causados por alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, biscoito de água & sal e alguns tipos de iogurtes. De acordo com especialistas, o consumo desses alimentos é um dos principais responsáveis pelo desencadeamento de doenças graves.

"A gente tem inúmeras pesquisas mostrando a relação do consumo de ultraprocessados com obesidade, doenças do coração, morte prematura e até depressão", afirma Janine Giuberti Coutinho, coordenadora do programa de alimentação do Idec. "Precisamos ver os ingredientes, como foi feito, é o mínimo de informação que a gente precisa", diz o representante comercial Marco Neves.
 

Fonte: SBT News

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