As ações para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, estão por todo país. Só em 2023, já são quase 486 mil casos notificados e 136 mortes provocadas pela doença.


A dengue tem, entre os principais sintomas: febre alta, dores musculares, mal-estar, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A forma mais grave da dengue, a hemorrágica, é quando há sangramento e intensas dores abdominais. Essa complicação da doença pode afetar uma em cada 20 pessoas, sendo mais comum em quem já teve contato com o vírus anteriormente. 


O diagnóstico foi um pesadelo para o publicitário Edvaldo Peruzo. Ele teve a forma hemorrágica e chegou a ser levado para a UTI. "A gente confunde muito com covid e gripe. Eu imaginava que era gripe normal. Demorei muito para procurar ajuda médica", conta. 


São Paulo é um dos estados em que os registros de dengue dispararam este ano. Em Presidente Prudente, no interior paulista, foram mais de 5.600 confirmações da doença em apenas três meses. Sete pessoas morreram.


Com o agravamento dos casos e a superlotação das unidades de saúde, o centro cultural da cidade precisou ser transformado em posto de atendimento. O local, conhecido por receber eventos artísticos, passou a acolher pacientes com sintomas leves da doença. A área comum para leitura e um anfiteatro viraram sala de triagem e de espera. No espaço onde funcionava a biblioteca, são feitas coletas de sangue para exames e hidratação. Em dois dias de funcionamento, 400 pacientes foram atendidos. 


O secretário de Saúde de Presidente Prudente, Breno Casari, explica que o atendimento de dengue demanda tempo. "O paciente aguarda na recepção, toma soro, vai fazer notificação".


No Paraná, a Prefeitura de Foz do Iguaçu endureceu as regras para penalizar quem não realiza a limpeza de terrenos e imóveis. Drones estão sendo usados para mapear áreas que possam servir de criadouro e até raquetes elétricas para matar o inseto estão sendo distribuídas aos moradores. Já são mais de 20 mil notificações da doença na cidade. 


E em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a Secretaria Municipal de Saúde pediu o reforço dos militares nas ações de combate ao Aedes aegypti. "Estamos vendo com o Exército apoio em relação à força de trabalho para dar andamento nas visitas domiciliares", conta a superintendente de vigilância em Saúde, Veruska Lahdo.


Fonte: SBT News 

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